Algumas expressões preconceituosas que falamos mas que deveríamos excluir do nosso vocabulário. Você sabia que elas podem machucar alguém? Veja algumas:
“Gordice”
“O que gorda faz? Gordice”. Não, minhas amigas, pessoas gordas fazem tudo o que todo mundo faz: passeiam no shopping, estudam, trabalham, namoram e se apaixonam. Usar o termo “gordice” é reforçar a ideia de que tudo que as gordas fazem é comer, e, mais que isso, de que devemos sentir culpa ao comer. “Dar uma de gorda”, “fazer gordice” não é nada além do cotidiano ato comer. Todas as pessoas no mundo comem, isso não é exclusividade das gordas. Não merecemos julgamentos diferentes se o que comemos é salada ou chocolate, é tudo comida e cada um escolhe o que coloca dentro do corpo.
Por Isadora M., Natasha Ferla e Julia Oliveira.
“A coisa tá preta”
A fala racista se reflete na associação entre “preto” e uma situação desconfortável, desagradável, difícil, perigosa.
“Homossexualismo”
O termo correto é homossexualidade. O sufixo “ismo” é utilizado para designar doenças e a orientação sexual não é doença.
“Negro(a) de traços finos”
Ou a “beleza exótica”, tratando o que está fora da estética branca e europeia como incomum.
“Mulher de respeito”
Dizer que uma mulher é de respeito por seu comportamento é impor um comportamento que deve ser seguido por todas as mulheres que exigem um tratamento digno. Toda mulher, de todos os tipos, cores e ideologias de vida devem ser respeitadas!
“Cabelo ruim”
Fios “rebeldes”, “cabelo duro”, “carapinha”, “mafuá”, “piaçava” e outros tantos derivados depreciam o cabelo afro. Por vários séculos, causaram a negação do próprio corpo e a baixa autoestima entre as mulheres negras sem o “desejado” cabelo liso. Nem é preciso dizer o quanto as indústrias de cosméticos, muitas originárias de países europeus, se beneficiaram do padrão de beleza que excluía os negros.
“Inveja branca”
A ideia do branco como algo positivo é impregnada na expressão que reforça, ao mesmo tempo, a associação entre preto e comportamentos negativos.
Essas são só algumas de tantas expressões preconceituosas que às vezes ainda utilizamos. Por isso, antes de falar: pare, pense e não deixe escapar algo que vá desrespeitar o próximo, jamais!
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